"Os meus livros (que não sabem que existo) São uma parte de mim, como este rosto De têmporas e olhos já cinzentos Que em vão vou procurando nos espelhos" Jorge Luis Borges
terça-feira, 3 de maio de 2011
Flaubert
"Tudo isso não tinha sido feito para mim. Não invejo os outros, pois todos se queixam de um fardo cuja fatalidade acabrunha; - uns alijam-no até ao fim. E eu, levá-lo-ei?
Mal conheci a vida, houve um nojo imenso na minha alma, levei à boca todos os frutos: pareceram-me amargos; repeli-os e eis que morro de fome. Morrer tão novo, sem esperança no túmulo, sem ter a certeza de dormir, sem saber se a paz é inviolável! Lançarmo-nos nos braços do nada e duvidar de ser recebido!
Sim, morro, pois será viver ver o passado como água escoada para o mar, o presente como uma gaiola, o futuro como uma mortalha?"
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