17. (interior/exterior)
"respiro, bebo. o sol que baixa projecta o meu fantasma na porta fechada. sobre a mesa amontoam-se os planos de uma outra casa, de outras cidades, e já é tarde. acendem-se os candeeiros públicos, a escuridão entranha-se na mesa e nos papéis com os mapas das viagens. é difícil distinguir, enquanto o fantasma de SJ se junta ao meu, onde terminam os dedos e começam os cabelos. agora estamos seguros, num espaço sem centros exteriores a nós próprios, à deriva na noite. ignoramos que tudo à nossa volta se move, em todas as direcções. e no entanto, sem deixarmos nunca de acreditar no livre arbítrio, mesmo que apenas como um último recurso."
in Livre Arbítrio, Averno
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