sábado, 25 de junho de 2011

Don DeLillo


"Parado na cozinha, ele chamou-a pelo nome. Depois percorreu a casa, à procura. Eu queria dizer-lhe que ela tinha ido dar um passeio. Mas teria soado a falso. Ela não fazia isso naquele lugar. Não fizera isso uma só vez desde que ali chegara. Deixei as compras na bancada da cozinha e saí de casa para examinar as cercanias mais próximas, abrindo caminho a pontapé por entre arbustos espinhosos e baixando-me sob galhos de mezquite. Não sabia ao certo de que é que andava à procura. 
O meu carro alugado continuava onde eu o deixara. Examinei o interior do automóvel e depois tentei descobrir marcas frescas de pneus no acesso arenoso à casa, e, mais tarde, ambos parados na varanda, fitámos a quietude.
Era difícil pensar com lucidez. A monumentalidade daquilo, toda aquela região deserta."

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