segunda-feira, 26 de março de 2012

Rainer Maria Rilke (2)

Solidão  

"A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.

Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:

então, a solidão vai com os rios..."

in O Livro das Imagens, Relógio d'Água

1 comentário:

  1. "Cette lumière peut-elle
    tout un monde nous rendre ?
    Est-ce plutôt la nouvelle
    ombre, tremblante et tendre,
    qui nous rattache à lui ?
    Elle qui tant nous ressemble
    et qui tourne et tremble
    autour d'un étrange appui.
    Ombres des feuilles frêles,
    sur le chemin et le pré,
    geste soudain familier
    qui nous adopte et nous mêle
    à la trop neuve clarté."

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