quarta-feira, 18 de abril de 2012

João Ricardo Lopes (4)

Nota de Rodapé

"lâmpada baça por onde vem o silêncio
segregado e resfolegam os olhos.
faço-o de novo até muito tarde
e tu reclamas-me docemente, por entre
capítulos obscuros de papel pardo
e destroços de carvão.
às vezes distrai-me a asa de um queixume
o teu corpo sai a terreiro, como que a
defender o quinhão de lume que lhe pertence.
é tarde e tu respiras convulsionando
as minhas palavras, adormecida.
não cheguei a dizer-to, nunca chego
a dizê-lo. o amor é sempre tão de repente"


in reflexões à boca de cena, Labirinto

3 comentários:

  1. Marta, obrigada por me teres "apresentado" o João Ricardo Lopes! Conheci-o aqui nesta "casa" há alguns meses...
    Um grande poeta! Adoro tudo aquilo que escreve!!!

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  2. Nada a agradecer :)! É mesmo um garnde poeta!

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  3. http://avidanumagoa.blogspot.com.br/2012/05/sapos.html

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