Ficou um espaço no coração...
Os dedos já não percorrem lombadas, a pele já não sente o macio das páginas...
O olfacto deixou de sentir o cheiro pungente a papel que o avassalava logo pela manhã...
Os olhos deixaram de percorrer prateleiras na busca de um autor, de um título...
O sorriso morreu na cara por já não entusiasmar ninguém a ler...
Certas palavras deixaram de fazer sentido, tais como: leitores...
Mas ficou a paixão, o brilho no olhar, o conhecimento, o agradecimento, o engrandecimento...
Ficou sobretudo, a imensa paz que traz o ruído silencioso de uma livraria...
E o coração de papel... ainda não deixou de bater!
Uma vez que se foi livreiro... ficamos livreiros para sempre.
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