segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mariano Peyrou



"Pouco mais do que este conhecimento,
inútil porque não o podemos transportar.
Dias e o descuido que associamos 
à generosidade. Várias maneiras de o medir:
com alfinetes, com nomes próprios, com dias.


A fidelidade é ampla e mal iluminada,
sobressaí o óbvio, importa
o indemonstrável. Seria bom que desses a tua opinião."




‎"Tudo se torna signo, alarme
perante o excesso de númeno, solavanco
até ao remoinho sensorial,
a víscera latente e por vezes
manifesta limita-se hoje às suas funções
mais prosaicas. Resumo de eufemismos: o amor
é metáfora de sexo tal como Deus é metáfora
das dúvidas transcendentes e por vezes também
físicas, recordemos em todo o caso o sol
e a chuva, o que equivale a desejar
consciência do seu canto nas sereias
que apesar das minhas meditações hermenêuticas
continuaram a trabalhar e sabem contrapor 
algo desejável. Sonhas,
logo existem."

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