quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eudora Welty


"Então, a luz mudou a água, até que as árvores em redor pareceram ficar mais altas, no vento que se levantava, e soprar para dentro juntas, tornando-se de súbito negras. A chuva batia pesadamente. Uma cauda gigantesca pareceu fustigar os ares, e o rio quebrou-se numa ferida de prata. Em silêncio, o grupo agachou-se e curvou-se junto ao tronco de uma árvore enorme que, na investida da tempestade, se erguia cheia de uma fragrância e de um peso firmes. No sítio para onde todos olhavam, além daquela árvore, encontrava-se outra árvore, e, depois dessa, outra e outra, ao longo da margem do rio, todas sobranceiras e escurecidas pela tempestade." 

Sem comentários:

Enviar um comentário